Queens of the Stone Age
In Times New Roman...


3.5
great

Review

by willstevs USER (1 Reviews)
June 19th, 2023 | 5 replies


Release Date: 06/16/2023 | Tracklist

Review Summary: Queens of the Stone Age mantém a consistência, sem grandes riscos

Divórcio, briga judicial pela guarda dos filhos, pandemia, perda do amigo e colaborador Mark Lanegan e, ainda, a descoberta de um tumor, já tratado, revelada esta semana. Não são tempos fáceis para Josh Homme, que durante um bom tempo não conseguiu ter foco na música. Mas, enfim, o frontman se reuniu com os amigos da formação cada vez mais indiscut*vel para lançar o sucessor de Villains, de 2017. São eles Troy Van Leeuwen (guitarra), Michael Shuman (baixo), Dean Fertita (teclados) e Jon Theodore (bateria), os mesmos membros desde ...Like Clockwork, de 2013. Dessa vez, um álbum com produção própria para exorcizar todos os demônios que rondam Homme, retomando a temática dark, melancólica e, por vezes, irreverente que consagrou a banda. Sem grandes riscos, o Queens of the Stone Age conclui, assim, uma trilogia de álbuns, conforme revelado no site oficial da banda. Confira a análise faixa a faixa:

Obscenery
O Queens of the Stone Age sempre entrega boas aberturas de álbum. Esta é uma faixa consistente que, apesar de não sintetizar o álbum, acaba revelando que a banda optou por um caminho seguro nesse novo lançamento, em contraponto ao álbum anterior (Villains, 2017) que havia arriscado um inédito ambiente de disco rock. Agora, a sonoridade é familiar mas traz certo frescor.

Paper Machete
A faixa 2 de In Times New Roman... traz semelhanças com a faixa 2 de Lullabies to Paralyse (2005), Medication, por ser um rock direto e de riffs simples. Aqui, temos um solo de guitarra que remete * Little Sister, também do álbum de 2005. Apesar da letra ácida, direcionada * ex-esposa Brody Dalle, a música não traz nada de novo debaixo do sol, apenas não nos deixa esquecer as ra*zes da banda no stoner rock, gênero no qual se tornou o principal expoente mundial, tanto é que os versos lembram a forma como Josh Homme canta How to Handle a Rope, do primeiro álbum de 1998 (Self-Titled).

Negative Space
Me parece que Homme tenta provar que ainda tem riffs originais na manga, visto que até Era Vulgaris (2007) sua marca registrada era justamente construir suas músicas em torno de linhas de guitarra bem autênticas. Chega uma hora pra todo mundo que não existem mais riffs a serem criados, apenas repaginados, mas a banda está afiada o suficiente para potencializar as ideias de seu l*der e apoiá-lo em sua aura de sexy rocker. Pouca gente vai notar, mas este riff se parece um tanto com o da própria Obscenery - volte duas músicas e tire a prova. O refrão carece de criatividade e tenta forçar uma empolgação, mas não cola. Apesar disso, há de se destacar os backing vocals sempre precisos de Michael Shuman e um ápice prazeroso que a música atinge pertinho do fim.

Time & Place
Esta música é o primeiro ponto fora da curva no álbum, tudo por conta de um violino que faz um staccato espaçado em contraponto ao dinamismo do groove durante toda a faixa (linha de baixo que, nota-se, já foi usada mundo afora, até por Nando Reis, em “Do seu Lado”), criando uma estranha mas deliciosa sensação hipnótica, enquanto Homme canta com sua conhecida doçura quase mórbida. Interessante como o grupo se atualizou neste disco, dessa faixa pra frente, incorporando mais elementos fora do rock tradicional do que de costume. A faixa é totalmente necessária a essa altura do álbum para te manter interessado pela imprevisibilidade do que está por vir.

Made to Parade
O experimentalismo toma conta aqui, lembrando o álbum mais recente do projeto Desert Sessions (Vols. 11 & 12, de 2020) ou até mesmo a colaboração com Iggy Pop em Post Pop Depression (2016). Soa como uma marcha fúnebre com uma porta aberta para a esperança. Homme não se preocupou em gerar conforto aos ouvintes, pelo contrário... a música vai se arrastando de forma propositalmente incômoda e repetitiva, dando a sensação de estarmos atravessando um momento denso do álbum. Faz pensar sobre a turbulência que o frontman vêm passando em sua vida pessoal nos últimos anos.

Carnavoyeur
Apresentada acertadamente como o segundo single do álbum, talvez será considerada mais pra frente uma das obras-primas da discografia do QOTSA. Uma semi-balada que abre espaço para Josh Homme mostrar sua melhor versão, como um verdadeiro *cone da música moderna. Suas melodias vocais e letras são primorosamente colocadas onde devem estar, criando um reflexivo storytelling sobre vida e morte, que ganha ainda mais impacto com o belo videoclipe feito para essa música. Poderia estar tranquilamente no clássico ...Like Clockwork (2013).

What the Peephole Say
Tem a vibe de Head Like a Haunted House (Villains, 2017) e um quê de Sick Sick Sick (Era Vulgaris, 2007) no riff de guitarra, sustentada pelo groove do baixo de Mike Shoes. Os versos “I don’t care what the people say”, “I don´t care what the people know” e suas variações são cantados de forma atraente por Homme e a faixa é bem dançante, ainda que de uma forma obscura, caracter*stica do QOTSA. Com um refrão marcante, tem cara de que pode funcionar como single posterior. Poderia estar uma ou duas faixas antes no álbum e, assim, teria feito um balanceamento melhor entre a urgência e a introspecção presentes no trabalho.

Sicily
Aqui, o groove também dá as cartas, dessa vez com a cozinha Mike Shoes e Jon Theodore fazendo a base para que Homme possa passear * vontade com falsetes e vozes sussurradas, além da instigante orquestração * la Kashmir, do Led Zeppelin. A faixa faz referência * teatralidade macabra presente no álbum Lullabies to Paralyse (2005) e é altamente envolvente.

Emotion Sickness
O single principal do álbum é uma baita música, com uma levada contagiante, mudanças de andamento, riffs criativos e versos que lembram os melhores momentos do Them Crooked Vultures (Self-Titled, 2009), até desembocar no refrão que é um verdadeiro deleite, com aquele toque especial de leve melancolia que poucos compositores como Homme conseguem entregar. É a faixa em que a banda toda brilha.

Straight Jacket Fitting
Das músicas alternativas do álbum, esta possivelmente é a melhor. O riff principal é badass, bluezeiro e imponente, apoiado por efeitos sonoros de vidros sendo quebrados(?). A performance de Homme é um ponto alto aqui, ele até arrisca um timbre vocal mais agressivo em dado momento da música. Certos acordes tristonhos mesclados ao andamento arrastado da música evocam sentimentos similares a The Fun Machine Took a *** and Died (Era Vulgaris, 2007), um clássico b-side da banda e Warsaw or the First Breath You Take After You Give Up, do Them Crooked Vultures. Os 2 minutos finais da música (que tem um total de 9 minutos), são reservados para um instrumental acústico irmão de Lightning Song (Rated R, 2000)


user ratings (341)
3.4
great
other reviews of this album
Simon K. STAFF (3.7)
In Times New Roman... relies heavily on the past, but makes a reasonably engaging album out of it....

Kyle1221 (4)
Listeners are challenged to welcome a Queens of the Stone Age we have been accustomed to for years a...



Comments:Add a Comment 
DominionMM1
June 19th 2023


21099 Comments

Album Rating: 3.0

excelente revisão

ArsMoriendi
June 19th 2023


40977 Comments


Whoa a review completely in Portuguese

cor22222
June 19th 2023


491 Comments

Album Rating: 5.0 | Sound Off

I'm gonna do review completely in Polish okok?

VlacDrac
June 20th 2023


2369 Comments


Baseado.

alamo
December 26th 2023


5570 Comments

Album Rating: 3.5

arrasou mona



You have to be logged in to post a comment. Login | Create a Profile





STAFF & CONTRIBUTORS // CONTACT US

Bands: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z


Site Copyright 2005-2023 Sputnikmusic.com
All Album Reviews Displayed With Permission of Authors | Terms of Use | Privacy Policy